“O Governo já autorizou mais de 1.000 megawatts de energia solar sem que as famílias portuguesas tenham de pagar qualquer tipo de subsídio na fatura de eletricidade, sem tarifas ‘feed-in’ [sem apoios à produção]. Estas novas centrais inserem-se na mudança de paradigma de redução de custos no sistema elétrico nacional que o Governo tem vindo a implementar: Renováveis sim, mais custos para as famílias não”, disse o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, em comunicado.
As centrais (de Alforgemel, Casal do Paul e Encarnado) vão localizar-se em Almoster, concelho e distrito de Santarém. Segundo o Governo, cada um destes parques vai ter 161,67 mil painéis fotovoltaicos, num total conjunto de 485 mil painéis fotovoltaicos.
A potência de cada central vai atingir os 48,5 megawatts, com a capacidade instalada combinada dos três parques a alcançar os 145,5 megawatts.
Segundo o Governo, será a Escalabis Solar a empresa promotora dos parques, que prevê efetuar um investimento de 27 milhões de euros em cada um, com o montante total a atingir os 81 milhões de euros.
“As centrais solares aprovadas no passado vão custar só este ano cerca de 134 milhões de euros às famílias, com os consumidores a pagarem mais de 300 euros por megawatt hora por esta energia, o valor mais elevado entre as diferentes fontes de eletricidade subsidiadas em Portugal”, afirmou o secretário de Estado da Energia.
Segundo o Governo, Portugal está “em linha” para cumprir até 2020 a sua meta de 31% de incorporação de energias renováveis no consumo final de energia.
A meta europeia para 2030 foi recentemente fixada nos 32%, mas o Governo continua a defender metas mais ambiciosas, de 40% até 2030, “mas sem que as novas centrais tenham de ser pagas pelos consumidores”, segundo o secretário de Estado da Energia.
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