“Esta questão da relação com Marrocos é uma questão que queremos desenvolver. Sentimos ser da maior importância, para ganharmos espaço naquilo que é a nossa afirmação como país também exportador de energia”, afirmou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, que falava numa audição regimental, na Assembleia da República.

O governante sublinhou que a ambição do Governo é tornar o país o mais independente e autossuficiente possível em matéria de produção de eletricidade.

Para isso, Matos Fernandes esclareceu que as interligações são fundamentais para a estabilidade dos sistemas elétricos.

Mais, o ministro do Ambiente destacou também a necessidade de avançar o mais possível com a armazenagem, para reduzir o risco de intermitência desses mesmos sistemas.

Na versão preliminar do plano de recuperação económica 2020/2030, conhecida em 10 de junho, o consultor António Costa Silva destaca o reforço das “interligações energéticas da Península Ibérica com França” e a concretização da “interligação elétrica a Marrocos”.

O consultor defende também a aposta na “eletrificação da economia, associada a uma profunda descarbonização do setor eletroprodutor”, garantindo que “acabam as isenções ao consumo de subsídios fósseis” e reforçando “a aplicação da taxa de carbono”.

O plano preconiza também um investimento “na rede nacional de transporte de eletricidade, incluindo a concretização das interligações a Espanha, já previstas”, bem como na modernização da “rede de distribuição (média e baixa tensões)”.

Segundo a estratégia delineada por Costa Silva, deve ainda ser construída “a rede de alta tensão que liga Ferreira do Alentejo ao Algarve e que é importante para a exportação de energia, em particular da energia solar”, assim como “um gasoduto para a exportação de gases renováveis a partir de Sines, e com destino ao centro da Europa”.

No início de junho, o Governo confirmou que António Costa Silva tinha sido convidado para coordenar a preparação do programa de recuperação económica e que este tinha aceitado esse convite “como contributo cívico e ‘pro bono'”.

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