Quando definimos o calendário das medidas da limitação da circulação, ponderámos muito bem se devia ser à uma hora ou às três da tarde. E não foi por acaso que escolhemos a uma hora, foi precisamente porque nós temos em conta que todos os inquéritos epidemiológicos nos dizem que 68% das transmissões estão a ocorrer neste momento, em momentos de convívio familiar e social. Isto é duro de dizer, mas nós temos mesmo de evitar esses grandes convívios à hora de almoço", disse António Costa esta quarta-feira, na sequência de uma conversa com Luca Visentini, secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos, a propósito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
O primeiro-ministro português assumiu que o setor da restauração será o mais atingido por, ao contrário de outros, não se poder antecipar. "A Taça de Portugal vai poder ser jogada de manhã, os espetáculos estão a ser antecipados um pouco mais cedo para poderem terminar a tempo de as pessoas chegarem a casa a tempo e horas. Podemos adiar a compra de uma camisa, de umas calças, fazê-la noutro dia. Uma refeição não é adiável", sublinhou o governante.
Relembrando que estes negócios vão apenas poder funcionar em regimes de take away e de entrega ao domicílio, Costa prometeu que, entre hoje e amanhã, Pedro Siza Veiria, ministro da Economia, anunciará novas medidas de apoio ao setor.
"Percebo que para os restaurantes [o recolher obrigatório ao fim de semana] tem um impacto duríssimo, é um setor que tem sofrido muito ao longo do ano", reafirmou.
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