“Com o resultado, o patamar de produção retornou a nível próximo ao de dezembro de 2003, ficando, dessa forma, 23,8% abaixo do ponto recorde alcançado em maio de 2011″, frisou o IBGE.
Na série sem ajuste sazonal, em relação a maio de 2017, a produção da indústria recuou 6,6%, o recuo mais intenso desde outubro de 2016 (-7,3%), e interrompeu 12 meses consecutivos de taxas positivas.
O setor industrial brasileiro acumulou uma expansão de 2% nos cinco primeiros meses do ano, um ritmo abaixo do resultado registado até abril (4,5%).
“O índice acumulado dos últimos doze meses, ao passar de 3,9% em abril para 3% em maio de 2018, assinalou redução na intensidade do crescimento e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em junho de 2016″, destacou o mesmo órgão de pesquisa.
O responsável da pesquisa do IBGE, André Macedo, explicou que a greve afetou as unidades industriais do país porque “desarticulou o processo de produção em si, seja pelo abastecimento de matéria prima, seja pela questão da logística na distribuição. A entrada do mês de maio caracterizou uma redução importante no ritmo de produção”.
Segundo o IBGE, a paralisação dos camionistas, organizada como protesto contra a subida dos combustíveis no Brasil durante duas semanas em maio, afetou 24 dos 26 setores industriais do país.
As atividades industriais mais afetadas foram a produção de veículos automóveis, reboques e carroçarias (-29,8%) e produtos alimentares (-17,1%).
As duas únicas atividades industriais no Brasil que registaram um crescimento em maio, na comparação com abril, foram os produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%) e as indústrias extrativas (2,3%).
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