O contrato, avaliado em 16 milhões de euros e com uma duração de quatro anos, estabelece que o ISQ vai fazer o controlo de qualidade para vários componentes do “maior reator nuclear experimental conhecido como ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), o maior TOKAMAK (reator de fusão) alguma vez projetado”, refere o grupo em comunicado.
Segundo o grupo, esta é uma “conquista de máxima importância” para Portugal, porque “posiciona o país naquele que é um projeto internacional de referência em que o grande desafio colocado à indústria, à engenharia e à tecnologia é quanto à forma como se pode produzir energia de forma segura, fiável, ambientalmente responsável e em grande escala”.
O ISQ é responsável pela garantia de qualidade e controlo e supervisão da construção de vários componentes do reator na Europa e China desde 2014.
Atualmente conta com uma equipa de 20 inspetores – entre residentes, itinerantes ou ‘spots’ com intervenção pontual – em vários países europeus, prevendo duplicar este número de engenheiros.
A gestora de projeto, Mónica Reis, assinalou que o grupo tem em execução “outros três contratos, fornecendo serviços de Engenharia na fase de projeto, ensaios especiais a materiais e ‘mock-ups’ dos componentes do reator assim como formação de mais de 600 técnicos do ITER e F4E nas mais diversas áreas”.
A F4E é o organismo que gere a contribuição da União Europeia (UE) para a construção do ITER, pretendendo demonstrar a viabilidade científica e técnica da fusão nuclear como fonte de energia segura, inesgotável e responsável, sendo um projeto conjunto entre UE, China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e EUA.
O reator está a ser instalado em Cadarache, no sul de França.
O ISQ regista que a sua participação no ITER tem o contributo positivo da sua atividade na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), que “foi decisiva”.
“No projeto CERN-LHC, o ISQ inspecionou a qualidade do fabrico das séries de cabos supercondutores, magnetos, componentes criogénicos e criostatos, bem como a montagem final nos túneis CERN”, esclarece o grupo.
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