A capital angolana foi a cidade mais cara do mundo no Estudo Global da Mercer em 2017, mas Hong Kong, região administrativa especial da China, assumiu o primeiro lugar do ‘ranking’ na avaliação deste ano, realizado em março, com Luanda a ser relegada para a sexta posição.
Hong Kong, a segunda cidade com o segundo maior custo de vida no mundo no estudo de 2017, precede na classificação deste ano Tóquio, capital do Japão, Zurique, na Suíça, Singapura, no país com a mesma designação, Seul, na Coreia do Sul, Luanda, Xangai, na China, Ndjamena, no Chade, e Pequim, centro político chinês.
A cidade de Hong Kong tornou-se na mais dispendiosa não só pela descida de Luanda no ranking “devido em parte à tendência de queda do mercado imobiliário”, mas também por “uma regulamentação monetária chinesa mais forte, uma economia florescente e uma pressão para ter o yuan chinês como moeda internacional”, referiu Tiago Borges, da Mercer.
Este responsável salientou que esses fatores “impulsionaram as cidades chinesas no ‘ranking'”.
Zurique continua a ser a cidade europeia mais cara, enquanto a capital suíça, Berna (10.ª no ‘ranking’), a segunda e Genebra (11.ª) a terceira. Esta última cidade “caiu quatro lugares relativamente ao ano passado, sobretudo devido à tendência de queda do mercado imobiliário da cidade”.
Quatro das cinco cidades mais caras do mundo encontram-se na Ásia: Hong Kong, Tóquio, Singapura (4.ª na classificação do estudo de 2018) e Seul (5.ª).
Na América do Sul, São Paulo (58.ª no ‘ranking’) classificou-se como a cidade mais cara, seguindo-se Santiago (69.º), no Chile.
Apesar do aumento de preços em bens e serviços em países como Brasil, Argentina e Uruguai, a maioria das cidades sul-americanas saiu na classificação.
Lisboa subiu 44 posições, registando a maior subida de sempre. A capital portuguesa é a atual 93.ª na classificação relativa a 2018.
O Estudo Global da Mercer, que utiliza Nova Iorque (13.ª, a mais cara nos Estados Unidos) como cidade base e a referência na avaliação o dólar norte-americano, é um dos mais abrangentes do mundo e foi desenvolvido para ajudar as empresas multinacionais e os Governos a definirem estratégias.
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