“Ainda não ultrapassámos as dificuldades. Estamos num processo de recuperação incomum […]. No final do ano, a zona euro deverá regressar aos níveis pré-pandémicos”, referiu Christine Lagarde, que falava no fórum do BCE, subordinado ao tema “Além da pandemia: o futuro da política monetária”, que decorreu em formato ‘online’.

A presidente do BCE destacou ainda a “rápida campanha de vacinação”, o fim das restrições, “com exceção das medidas de proteção social” e, consequentemente, o regresso aos locais de trabalho, como alguns dos pontos que estão a contribuir para a recuperação económica.

Contudo, ressalvou que ainda existem “incertezas” que podem condicionar o crescimento, onde se inclui a evolução da variante delta.

No que se refere à inflação, Lagarde voltou a afirmar que a subida é temporária e que se deve à pandemia.

Presente na mesma sessão, o presidente da reserva federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, notou que a procura tem vindo a aumentar, uma tendência que deverá manter-se à medida que a vacinação aumenta e que a variante delta é controlada.

Powell considerou ainda ser “frustrante” que, passado um ano e meio, a política económica mais importante continue a ser a vacinação e controlo da pandemia.

No entanto, a Fed perspetivou que 2022 será um ano “bastante forte”, com um crescimento acima da média e com nível de desemprego abaixo do registado no corrente ano.