O fabricante de artigos desportivos alemão referiu ainda em comunicado que a faturação caiu 19,7% no período em análise, para 14.297 milhões de euros, e o resultado operacional recuou 78,2% para 526 milhões de euros.

O resultado operacional negativo inclui custos relacionados com a pandemia de covid-19 de 500 milhões de euros até setembro, os produtos retirados na China, o cancelamento de pedidos, o aumento dos ‘stocks’, as emissões de dívida em más condições e depreciação das lojas e da marca Reebok.

No primeiro semestre, a Adidas teve um prejuízo de 264 milhões de euros, depois de ter entrado no vermelho no segundo trimestre devido à queda das vendas motivada pela pandemia.

Durante a apresentação dos resultados, o presidente executivo da Adidas, Kasper Rorsted, afirmou que a multinacional apresentou, no entanto, “uma forte recuperação nos negócios no terceiro trimestre”.

No terceiro trimestre, a Adidas teve lucro de 546 milhões de euros, porque a queda das vendas (-7%) foi travada com a abertura de 90% das suas lojas próprias, lê-se no comunicado.

Em outubro, a Adidas, que quer alienar a marca norte-americana de artigos desportivos Reebok, pagou um empréstimo de 500 milhões de euros, incluindo juros, que foi concedido pelo banco estatal alemão de Crédito para a Reconstrução e Desenvolvimento (KfW) para ultrapassar a crise.

Um consórcio de bancos, incluindo o KfW, emprestou à Adidas 3.000 milhões de euros para superar a crise gerada pela pandemia de covid-19.

A Adidas com o empréstimo contraído pagou outro empréstimo de 1.500 milhões de euros que tinha feito junto de um grupo de banco, entre os quais estavam o Deutsche Bank e o britânico HSBC.