No documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae destaca o aumento do resultado líquido atribuível aos acionistas, sublinhando que os impactos do apoio às famílias, do aumento dos custos financeiros e dos impostos e do investimento na expansão e digitalização dos negócios foram “mais do que compensados” por “ganhos de eficiência e mais-valias realizadas com alienação de ativos”.
Os dados divulgados pela empresa apontam para uma redução da dívida líquida em 3% para 526 ME, reforçando a posição financeira do Grupo, sendo que 83% das linhas de crédito de longo prazo “já estão indexadas a critérios de sustentabilidade, green ou ESG”, acrescenta.
A nota hoje divulgada pela empresa liderada por Cláudia Azevedo destaca ainda a “posição financeira sólida” ao nível dos negócios e do grupo, com “um nível significativo de liquidez disponível e um perfil de maturidade da dívida confortável”.
O volume de negócios consolidado ascendeu a 8,4 mil milhões de euros em 2023, aumentando 9,2% principalmente devido ao crescimento da MC (empresa que dirige 17 das principais marcas e uma das principais atividades do Grupo Sonae), que num exigente contexto competitivo reforçou a sua posição de liderança de mercado, e ao “forte investimento” na expansão dos negócios, refere a empresa.
A Sonae revela ainda que o EBITDA [resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações] ascendeu a cerca de mil milhões de euros, com a rentabilidade “pressionada pelos esforços para absorver parte da pressão inflacionista, sobretudo nos formatos de retalho alimentar”.
Com estes resultados, a empresa propõe uma distribuição de dividendos de 5,639 cêntimos por ação.
No comunicado hoje divulgado, a presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, destacou 2023 como “um ano marcante” para a empresa, que conseguiu continuar a crescer “num contexto de grande incerteza e volatilidade”.
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