De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na primeira metade de 2020 os resultados operacionais foram afetados pelo “efeito conjugado da pandemia e da redução de quota de audiência do principal canal televisão (TVI generalista)”, com particular impacto na publicidade.

“Os rendimentos operacionais consolidados recuaram 36% (37% no caso da publicidade) nos primeiros seis meses de 2020, sendo que as quedas percentuais mais significativas iniciaram-se em março (quando a pandemia foi declarada), tendo o seu pico em abril e mostrando forte desaceleração em maio e, especialmente, junho”, indica a empresa.

No mesmo documento, a Media Capital realça que, “para além do efeito adverso da pandemia, é de relembrar que em 2019 a TVI era líder de audiências em ‘all day’ até fevereiro e tendo mantido a liderança em ‘prime time’ até junho desse ano, ou seja todo o 1.º semestre do ano anterior, e que em 2020, se comparam dados com um contexto no qual a TVI não liderou em qualquer desses ‘slots’ horário”.

Os gastos operacionais, antes de depreciações e amortizações, recuaram 8%, alcançando 66,6 milhões de euros até junho.

Em resultado do conjunto de impactos a nível de rendimentos e gastos, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou de 14,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2019 para 11,2 milhões de euros negativos no mesmo período de 2020.

O endividamento financeiro líquido do grupo cresceu cinco milhões de euros desde o final de 2019 (de 88,5 para 93,5 milhões de euros).

O grupo adianta sentir já uma “melhoria consistente dos principais indicadores de negócio relacionados com as audiências” no principal canal de televisão.

“A TVI melhorou a sua quota em adultos, para a totalidade do dia, de 13,9% em março para 15,4% em junho, quando nos meses homólogos os valores eram de 18,5% e 15,6% respetivamente. Em julho de 2020 aquele indicador melhorou novamente para 16,4%, portanto uma melhoria face aos 15,1% observados em julho de 2019″, refere.

No segmento de rádio e entretenimento, a informação à CMVM assinala que os formatos de rádio do grupo têm vindo a reforçar a liderança, sobretudo devido à posição da Rádio Comercial e a uma subida da M80.

“À semelhança do segmento de televisão, também aqui os impactos da pandemia se fizeram sentir nos quatro últimos meses do semestre, embora no último (junho) a queda homóloga dos rendimentos de publicidade tenha sido cerca de metade da verificada no mês de maio”, indica o grupo.

Sobre as perspetivas de futuro, os responsáveis da Media Capital assinalam a “evidência de recuperação das audiências dos canais de TV do Grupo”, sublinhando “o reforço adicional dos conteúdos previsto a partir de setembro”.

Com a continuação da melhoria dos contextos externo e interno, o grupo antecipa “um reforço do seu posicionamento competitivo no setor” e um “desagravamento substancial dos comparativos financeiros durante a segunda metade de 2020″.

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