Em cerca de 51% das sociedades não houve mesmo lugar a qualquer promoção de pessoal ao serviço com funções de gestão, tendo essa percentagem diminuído para 44,3% no caso do pessoal ao serviço sem funções de gestão, indicam os dados.
No relatório, onde foi possível conseguir perto de quatro mil respostas válidas para apurar informação sobre práticas e características de gestão em 2016, o INE conclui que as práticas de gestão contam “significativamente” para o desempenho económico das empresas.
“Combinando a informação deste inquérito com informação reportada ao INE noutras operações estatísticas, os resultados apurados indiciam a existência de uma relação significativa entre a qualidade da gestão e o desempenho económico das empresas”, refere o INE.
De acordo com o inquérito, em 61% das sociedades os gestores de topo possuíam grau de licenciatura ou superior.
Esta percentagem atingia 82,9% nas grandes empresas e 43,7% nas micro empresas, refere o INE.
Em cerca de 70% das sociedades, o gestor de topo exercia a função em exclusividade (60,6% nas microempresas e 78,4% nas grandes empresas).
Segundo as sociedades respondentes, as três características que melhor descreviam o gestor de topo eram "tomar decisões" (23,6% das respostas), "assumir as responsabilidades" (21,5%) e "ser atuante" (16,4%).
Contrariamente, acrescenta, as características menos referidas foram "oferecer ‘feedback’" (2,4%), "reconhecer e respeitar os limites entre chefia e subordinado" (4,9%) e "pedir ajuda se necessário" (5%).
A quase totalidade das sociedades referiu possuir objetivos para o seu desempenho, em geral por elas considerados moderadamente ambiciosos, e cerca de 43% declarou que possuía e monitorizava indicadores de desempenho com uma frequência mensal ou trimestral.
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