“Vamos ficar com certeza dentro do grau de cumprimento dos objetivos que tínhamos estabelecido e vamos ficar, com muita probabilidade, abaixo dos 0,7%, ligeiramente abaixo”, disse Mário Centeno em declarações à agência Lusa.

O ministro das Finanças preferiu, contudo, não avançar com uma estimativa para o valor do défice em 2018, considerando que há ainda dados por apurar. No Programa de Estabilidade, o Governo prevê um défice de 0,7% para este ano.

“Estar a indicar um número com alguma incerteza estatística que ainda está presente, talvez não fosse a melhor indicação”, afirmou o governante.

“É provável que a execução no fim do ano venha a confirmar a mesma tendência dos anos anteriores: menos pagamento de juros, mais receita fiscal, porque a economia está mais forte do que aquilo que foi projetado”, ou seja, “melhor execução orçamental, menos défice”, defendeu o ministro das Finanças, sublinhando que “essas são as origens desse desvio”.

De acordo com os dados do INE, o saldo orçamental situou-se em 1.111,2 milhões de euros no conjunto dos três primeiros trimestres de 2018, representando um excedente de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado verificou-se um défice de 3,2% do PIB.

Já considerando apenas o terceiro trimestre registou-se um excedente de 3.082,2 milhões de euros, correspondente a 6% do PIB.

Mário Centeno considerou que estes são “os melhores resultados orçamentais de sempre em Portugal”, sublinhando que o aumento de 5,4% da receita, nomeadamente a subida de 6,1% da receita fiscal são “o reflexo da evolução da economia”.

Quanto à despesa, o ministro das Finanças avançou que, corrigido o efeito dos duodécimos do subsídio de Natal, a despesa pública total cresceu nos três primeiros trimestres face ao ano passado, em 2.500 milhões de euros, devido sobretudo ao investimento e às prestações sociais.

“O que estes números provam é que o compromisso que temos assumido foi cumprido ao longo da legislatura na recuperação e valorização da administração pública na sua componente de despesas com pessoal”, defendeu Mário Centeno, acrescentando que há um aumento de 374 milhões de euros na despesa com pessoal face ao ano passado.

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