Segundo um comunicado no 'site' da agência, a Moody's assinala que a notação relativa a Portugal não foi atualizada na data prevista, hoje.
Desta forma, mantém-se a notação de ‘Baa3’ e perspetiva positiva que fora anunciada em 09 de agosto de 2019.
À data, a Moody's assinalou que a mudança da perspetiva de 'estável' para 'positiva' se deveu a dois fatores: o "contínuo declínio do ‘fardo’ da dívida pública a uma velocidade maior do que o anteriormente antecipado" e "a perspetiva de melhorias sustentadas na saúde do setor bancário português".
A próxima avaliação da Moody's à notação financeira da dívida portuguesa ocorrerá em 17 de julho.
A Moody's é assim a única agência de 'rating' a deixar a dívida de longo prazo de Portugal apenas um nível acima do 'lixo', já que as restantes agências colocam a notação da dívida nacional ao segundo nível da categoria de investimento.
Em 22 de novembro de 2019, a Fitch tinha sido a última agência de 'rating' a pronunciar-se sobre a notação financeira da dívida portuguesa, mantendo o 'rating' em 'BBB', o segundo nível da categoria de investimento, com perspetiva positiva.
Em 04 de outubro, a agência de notação financeira canadiana DBRS melhorou o ‘rating’ da dívida soberana de Portugal de ‘BBB’ para ‘BBB alto’, com perspetiva estável.
Em 13 de setembro, também a agência de notação financeira norte-americana Standard & Poor’s (S&P) reviu de ‘estável’ para ‘positiva’ a sua perspetiva sobre o ‘rating’ de Portugal, mantendo a avaliação da dívida portuguesa em 'BBB'.
O ‘rating’ é uma classificação atribuída pelas agências de notação financeira que avalia o risco de crédito (capacidade de pagar a dívida) de um emissor, que pode ser um país ou uma empresa.
Cada agência de ‘rating’ tem a sua própria escala de avaliação, mas em todas a melhor classificação é o triplo A (AAA) e as letras C ou D indicam avaliações em que o investimento é considerado de risco ou especulativo (vulgarmente designado ‘lixo’).
(Artigo atualizado às 22:39)
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