No seu último relatório sobre as perspetivas globais, a agência justifica o crescimento nas economias do G20 com a diminuição dos riscos para os países mais desenvolvidos e a força dos mercados emergentes. O G20 é um forum que integra as economias mais desenvolvidas do mundo e também as ditas emergentes, fazendo parte do grupo os seguintes países/regiões: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia, o único bloco regional representado aqui pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu. Espanha não faz parte do G20, mas participa como convidada nas cimeiras de líderes.

A Moody’s prevê que os países da zona euro abrandem o seu crescimento dos 1,7% registados em 2016 para 1,4% em 2017 e 2018, que será apoiado na manutenção da política monetária, no crescimento do emprego e no fortalecimento da economia global.

A isto a agência adiciona o resultado eleitoral em França, que afastou o risco de outra grande economia abandonar a União Europeia, como fez o Reino Unido.

Para a economia britânica é esperada uma moderação no crescimento dos 1,8% de 2016 para 1,5% em 2017 e 1% em 2018, devido à diminuição do consumo privado, motivado pela subida da inflação e diminuição do investimento, gerados pela incerteza relacionada com o ‘brexit’.

Em relação à zona euro, a Moody’s prevê que a manutenção do crescimento vai permitir melhorar gradualmente o índice de desemprego, mas chama a atenção para países como Espanha, Itália e França, onde o desemprego de longa duração e entre os jovens está acima da média, com as respetivas consequências que isso causa à produtividade da economia.

Sobre os Estados Unidos, país em que prevê uma aceleração do crescimento de 2,4% em 2017 e 2,5% em 2018, a agência destaca que diminuiu o risco de políticas protecionistas que possam prejudicar o crescimento mundial, mas alerta para o sobreaquecimento da economia que levará a uma escalada da inflação, subida das taxas de juro e um dólar mais forte.