De acordo com os calendários mais recentes de revisão dos 'ratings' em 2018 das quatro maiores agências de notação financeira, a Standard and Poor's (S&P) será a primeira a pronunciar-se sobre Portugal este ano (a 16 de março), seguindo-se a Moody's e a DBRS (ambas a 20 de abril) e, por fim, a Fitch (a 01 de junho).
Entre estas quatro agências, apenas a Moody's continua a atribuir à dívida pública portuguesa uma notação de especulação, o 'Ba1' (o nível mais elevado de 'lixo'), com perspetiva positiva, o que significa que, na próxima avaliação a Portugal, a 20 de abril, deverá melhorar o 'rating' atribuído à dívida soberana portuguesa.
Nesta data será também a vez da canadiana DBRS olhar para Portugal. Recorde-se que esta agência atribui a Portugal uma notação acima do lixo desde 2013 (o 'BBB low', que equivale ao primeiro nível de investimento), o que se deve manter nesta avaliação em abril, já que a perspetiva atribuída ao 'rating' da dívida pública portuguesa por esta agência é 'estável'.
Antes disso, a S&P inicia as avaliações que as agências de notação vão fazer a Portugal durante este ano, a 16 de março, depois de em setembro ter sido a primeira entre as principais três agências mundiais a tirar Portugal do 'lixo', depois da crise económica, subindo o 'rating' em um patamar, de 'BB+' (ainda especulativo) para 'BBB-' (o primeiro nível de investimento).
A nota atribuída pela S&P a Portugal tem perspetiva estável, o que habitualmente significa que o 'rating' se deve manter na revisão seguinte. No entanto, em setembro, a S&P surpreendeu ao rever em alta a notação sem melhorar a perspetiva previamente.
A última agência de 'rating' a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch, que depois de na última avaliação ter surpreendido, ao melhorar a notação atribuída em duas notas, do lixo 'BB+' para 'BBB', volta a analisar o país a 01 de junho.
A segunda ronda de avaliações à dívida pública portuguesa inicia-se com a S&P a 14 de setembro, prossegue com a Moody's e a DBRS a 12 de outubro e termina com a Fitch a 30 de novembro.
As agências de 'rating' passaram a ter de divulgar no final de cada ano o calendário para o ano seguinte, respeitando assim a diretiva 462/2013 da Comissão Europeia, que determina que as atualizações dos 'ratings' soberanos sejam publicadas a uma sexta-feira e apenas depois do fecho das bolsas, por forma a reduzir os riscos de volatilidade do mercado.
No entanto, as agências de notação financeira podem desviar-se das datas definidas desde que expliquem essa alteração e que isso não se torne frequente, pelo que os calendários agora divulgados são meramente indicativos.
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