Numa entrevista em Bruxelas à rádio TSF, Moscovici reconhece que Mário Centeno é um dos candidatos com quem “gostaria de trabalhar”, mas diz que há “vários candidatos” com idênticas condições.
“Vários candidatos têm as condições requeridas. E, Mário Centeno está certamente entre eles. Mas, depois eu também penso que pode não ser óbvio que seja um socialista a presidir ao Eurogrupo. E, também não é o único que pode lá chegar. Isso terá de ser decidido antes de quinta-feira”, afirmou Moscivici à TSF.
A pouco mais de dois dias para o fecho das candidaturas, sem candidatos formalmente conhecidos, o comissário espera que entre os eventuais aspirantes ao grupo informal dos países do euro haja um “bom líder”.
“Penso que devia haver pelo menos um bom candidato para presidir ao Eurogrupo, porque este grupo precisa de liderança. Nunca é fácil. É muito importante ter um forte e bom líder, que esteja dedicado ao projeto europeu e que saiba que ao mesmo tempo é preciso ter seriedade e flexibilidade”, salienta o comissário.
O homem que até há semanas era apontado também como um potencial candidato a presidente do Eurogrupo espera que o futuro chefe do grupo informal dos países do euro tenha em conta que a fusão entre a pasta das Finanças na Comissão e a presidência do Eurogrupo deve avançar “o mais tardar” em 2019.
“Eu não sou candidato. Eu pensei e continuo a acreditar que devemos avançar para a fusão entre a Comissão em funções e a presidência do Eurogrupo. Mas, isto ainda não está preparado. Isto tem de ser incluído no pacote [de reforma da União Económica e Monetária]”, afirmou.
“Quem quer que se torne presidente, gostaria que em princípio fosse apenas para um curto período, até ao momento que tenhamos uma nova comissão, o mais tardar”, defendeu.
O nome do futuro presidente do Eurogrupo deverá sair da reunião dos ministros das Finanças da zona euro agendada para a próxima segunda-feira e será anunciado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem, que assume a presidência desde a saída de Jean-Claude Juncker.
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