“Essa dimensão está a ser estudada pelo ministérios responsáveis e quando o Governo tiver que tomar uma decisão tomará essa decisão, se for necessário haver alguma mudança”, respondeu Vieira da Silva, em Braga, à margem de uma conferência dedicada à pobreza infantil, quando questionado sobre a alteração de tutela da Associação Mutualista Montepio Geral.
O governante fez ainda questão de reafirmar que a acontecer essa mudança de tutela “isso não altera em nada de substancial a relação que as pessoas têm” com a associação dona do Montepio.
Confrontado com o pedidos de esclarecimentos sobre questões relacionadas com o Montepio, nomeadamente a natureza dos seus produtos financeiros e a supervisão da Associação Mutualista, dirigidos à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Vieira da Silva reforçou o papel da supervisão.
“O que eu queria dizer é que os produtos que são colocados à disposição dos associados da instituição são validados previamente”, salientou.
No passado dia 13, Vieira da Silva já tinha comentado a situação da Associação Mutualista Montepio Geral, dizendo que os seus produtos, avaliados pelo Governo, estão com “rácios confortáveis”.
Em conferência de imprensa, também naquele dia, o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, lamentou a notícia relativa à existência dos capitais próprios negativos de 107,53 milhões de euros e garantiu que não há risco de falência da associação.
Ainda sobre a mutualista, no dia 15, o ministro do Trabalho reforçou que a associação mutualista é uma instituição com noção secular, com “profundo enraizamento” na sociedade portuguesa, e que coloca em famílias portuguesas serviços complementares de proteção social, “que são fiscalizados e acompanhados pelo Ministério do Trabalho”.
À data, Vieira da Silva destacou também a “forte ligação” histórica entre a Associação Mutualista e a Caixa Económica, mas voltou a frisar o processo de transformação em curso para a autonomia das duas instituições, um processo que “está a ser concluído” e que “vai ajudar a solidificar e a criar condições para que a instituição continue a desempenhar plenamente as suas funções”.
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