O Novo Banco decidiu atribuir prémios no total de 1,86 milhões de euros referente ao desempenho da equipa de gestão no ano de 2020, ano em que registou um prejuízo de 1.329 milhões de euros. A decisão consta do relatório e contas do banco comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), referido pelo Expresso.

O Banco sublinha, no entanto, que "nenhum pagamento foi feito", explicando que o bónus "foi totalmente diferido e não haverá pagamentos até ao final do período de reestruturação na data atualmente definida como 31 de dezembro de 2021". Assim, caso ocorram será apenas após o fim do programa de reestruturação negociado com a Comissão Europeia, em 2022.

"Não existe qualquer certeza quanto ao valor final da remuneração variável ou quando os pagamentos serão efetuados", reitera o banco, acrescentando "o valor pode ser inferior ao montante atribuído ou mesmo zero, dependendo dos indicadores financeiros do Banco".

O relatório explica ainda que o prémio "teve como base o desempenho individual e coletivo de cada membro, avaliado pelo Comité de Remunerações".

Em 2020, o Novo Banco teve um prejuízo de 1.329 milhões de euros, sobretudo devido ao registo de imparidades e vendas de ativos herdados do BES. Estas perdas levaram o banco a pedir uma capitalização ao Fundo de Resolução no valor de quase 600 milhões de euros, tendo sido aprovada uma injeção de apenas cerca de 430 milhões de euros.

Em 2020, o Novo Banco também tinha atribuído um valor de cerca de 2 milhões de euros em prémios à gestão, relativamente ao exercício de 2019, que foi deferido até à conclusão do plano de reestruturação.

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