"Gostava de destacar que tivemos um crescimento muito importante com a ponte aérea. A utilização desta rota cresceu 86%, de 200 mil para 373 mil passageiros", disse o ministro Pedro Marques, em resposta ao deputado socialista João Paulo Correia, que solicitou um balanço da operação da ponte aérea da TAP lançada em março deste ano.

Pedro Marques realçou que "três quartos dos bilhetes não foram vendidos no Porto, mas em Lisboa e em Faro. Ao contrário do receio de que a ponte aérea fosse para trazer passageiros para ligações internacionais a partir de Lisboa, a ponte aérea tem sido efetiva a deslocar passageiros a partir de Lisboa para o Porto".

"Aumentou muito o número de passageiros, principalmente de Lisboa em direção ao Porto", acrescentou referindo-se à procura da ponte aérea, realçando que não se concretizou "a ideia errada que alguns tinham de que a ideia era tirar passageiros do aeroporto do Porto".

Em 27 de março, a TAP lançou a designada ponte aérea entre Lisboa e o Porto, com uma nova frota, operada pela TAP Express - a nova designação da Portugalia (PGA) -, com 18 ligações diárias em cada sentido.

O governante está a ser ouvido pelas comissões de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa e Economia, Inovação e Obras Públicas, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017).

Já antes, questionado pelo deputado do PSD Virgílio Macedo, Pedro Marques disse que "não houve trapalhada nenhuma" na reversão do modelo de privatização da TAP levada a cabo pelo atual Governo, acrescentando que apenas falta a negociação da dívida com a banca e o lançamento da oferta de capital aos trabalhadores.

"Estamos a fazer a negociação com as instituições financeiras. Essa negociação demorou mais, porque precisávamos de ter interlocutores das instituições", declarou, referindo a mudança no Conselho de Administração da CGD e do Novo Banco.

Pedro Marques realçou ainda o lançamento e reforço da operação prevista para o próximo verão já anunciado pelo presidente da TAP aos trabalhadores, bem como a recuperação do Brasil, o principal destino da transportadora liderada por Fernando Pinto.