“Vamos fechar 2017 no positivo, deixando para trás a recessão. É uma grande vitória”, afirmou o chefe de Estado brasileiro numa mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
Segundo números divulgados hoje pelo Governo, a economia brasileira, a maior da América do Sul, cresceu 0,6% nos primeiros nove meses do ano (em termos homólogos), uma subida em linha com a prevista por analistas, que antecipam que o Brasil venha a crescer entre 0,7% e 1% no conjunto de 2017.
Estes números indicam que o Brasil saiu tecnicamente da recessão, embora o ligeiro crescimento dos últimos três trimestres não seja ainda suficiente para recuperar os sete pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) perdidos entre 2015 e 2016, quando o país registou a sua pior recessão em décadas.
A economia do Brasil caiu 3,5% em 2015 e mais 3,6% em 2016, registando pela primeira vez desde a década de 1930 dois anos consecutivos de contração.
Para Michel Temer, os números do PIB divulgados recentemente mostram a recuperação do investimento, o que é importante porque “quando os empresários investem, a economia aquece e surgem empregos”.
O Presidente do Brasil também destacou a queda do desemprego, salientando que, entre agosto e outubro, cerca de 868.000 pessoas conseguiram um emprego e que os salários aumentaram, em média, 4,6%.
“A realidade é esta: a nossa economia cresce, a inflação e os juros caem, incentivando a produção e o consumo. E tudo isso porque tivemos a coragem de fazer as reformas necessárias. Fizemos mais mudanças do que qualquer outro Governo no passado recente. Estamos transformando o Brasil”, disse.
Temer assumiu a presidência do Brasil em maio do ano passado depois de Dilma Rousseff ter sido destituída.
Entre outras medidas, muitas delas impopulares, Temer praticamente congelou a despesa pública e impulsionou uma reforma laboral para flexibilizar as contratações.
O chefe de Estado acrescentou que, para completar as mudanças que vão beneficiar a economia, falta que o Congresso aprove a Reforma da Previdência Social.
Para Temer, esta reforma é “fundamental para garantir a continuidade do crescimento económico que já está aí” e é positiva para a população porque “combate os privilégios e mantém os direitos de quem já se aposentou ou de quem já tem condições para se aposentar”, assegurando que a reforma “não muda nada” para os trabalhadores rurais, os mais pobres ou para os que “dependem de assistência social”.
Por fim, o Presidente afirmou que está a trabalhar para convencer os membros do Congresso para aprovar a iniciativa “para o bem dos todos”.
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