Na síntese de execução orçamental até agosto divulgada hoje, a Direção-Geral de Orçamento (DGO) afirma que esta subida mensal do montante das dívidas da Administração Pública por pagar há mais de 90 dias é "essencialmente explicada pelos hospitais EPE, que registaram um aumento de 38 milhões de euros, tendo sido parcialmente compensada pela diminuição de 15 milhões de euros registados na Administração Local".
Na Administração Local, o montante das dívidas por pagar atingiu 208 milhões de euros, menos 15 milhões de euros do que o verificado em julho e uma redução de 68 milhões face a agosto de 2015. Ao que nos hospitais EPE, os pagamentos em atraso totalizaram 713 milhões de euros em agosto, um aumento de 38 milhões face ao mês anterior e de 244 relativamente a agosto do ano passado.
Na semana passada, a Comissão Europeia deixou um alerta face ao aumento dos pagamentos em atraso no setor público, sobretudo na saúde, considerando que é um dos riscos à execução orçamental para o conjunto deste ano.
A dívida não financeira total das administrações públicas, ou seja, toda a despesa efetuada e não paga e onde se incluem as dívidas por pagar há mais de 90 dias, registou uma redução de 87 milhões de euros em agosto face ao mês anterior, cifrando-se nos 2.369 milhões de euros.
Este decréscimo é explicado pelas reduções registadas na Administração Local (-48 milhões de euros), na Administração Regional (-26 milhões de euros) e na Administração Central (-13 milhões de euros), segundo a DGO.
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