As negociações, afirmou o líder comunista, em Montemor-o-Novo (Évora), “ainda” estão “muito pela rama, tendo em conta que ainda não há proposta de OE” por parte do Governo PS.
Mas, “tendo em conta processos anteriores, estão a um ritmo normal”, frisou o secretário-geral do PCP aos jornalistas, à margem de uma visita que efetuou, no sábado à noite, à Feira da Luz/Expomor, na cidade alentejana.
Segundo Jerónimo de Sousa, subsiste “muita indefinição em relação a matérias que têm a ver com salários, com reformas e pensões, com tributação fiscal, com a proteção social e, particularmente, com a questão do investimento”.
A “falta de investimento” é, precisamente, para o líder comunista, “um problema sério”, porque o Governo PS “está amarrado a compromissos externos, designadamente da União Europeia e da política do Euro”.
“Infelizmente, vamos verificar, mais uma vez, que a riqueza que sobrou da produção dos portugueses, vai toda direitinha para o estrangeiro, designadamente para o serviço da dívida, faltando investimento para os transportes, para a saúde, para a educação”, criticou.
Ainda em relação ao próximo OE, “a grande questão que se vai colocar” passa por saber se o país “vai continuar” o atual “caminho, às vezes limitado e insuficiente, mas assente na “reposição de rendimentos e direitos” ou se “vamos parar, travar e recuar”, considerou Jerónimo de Sousa.
“Essa é a grande questão que está colocada, mesmo sem conhecer a proposta de OE, que ainda não existe, mas a questão central é saber quais são as opções do PS”, desafiou.
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