“Saímos de um período muito longo em que Portugal não cumpria as metas a que se propunha. Hoje temos uma realidade completamente distinta no que diz respeito ao défice que prevemos e que atingimos”, declarou o governante, que apresenta em conferência de imprensa o OE2019, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
Realçando os “bons indicadores económicos” que constam da proposta, Mário Centeno vincou que “é esta credibilidade” que o nível de confiança “esteja em máximo do século”.
Na segunda-feira, Mário Centeno entregou a proposta do Governo de OE2019 ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, às 23:48, 12 minutos antes do prazo limite para a entrega do documento.
Na proposta, o Governo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB. O executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.
Falando hoje aos jornalistas, Mário Centeno vincou que “estes objetivos estavam definidos na exata medida no programa de Governo”.
Segundo o responsável, o executivo mostrou, assim, “que havia alternativa” à política económica e orçamental seguida até então.
“O Governo cumpriu todos compromissos, sublinho, todos, do programa de Governo”, vincou.
“O que aconteceu a Portugal nos últimos anos é apenas mérito dos portugueses na superação dos desafios que nos apresentaram”, acrescentou.
Mário Centeno reforçou ainda que o OE2019 será “um marco histórico para Portugal”, ao promover o “crescimento inclusivo e sustentado em 19 trimestres sucessivos de crescimento da economia portuguesa”.
“É um orçamento que promove uma trajetória que o Governo tem consolidado: temos menos défice orçamental e mais poupança”, concluiu o responsável.
A proposta de OE2019 será votada na generalidade, na Assembleia da República, no próximo dia 30, estando a votação final global agendada para 30 de novembro.
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