António Costa assumiu esta posição na sessão de abertura da Convenção Nacional dos Serviços, na Fundação do Oriente, em Lisboa, após uma intervenção do presidente da Confederação do Comércio e Serviços, João Vieira Lopes, em que falou sobre a falta de capitais sentidos pela generalidade das empresas portuguesas.

Tal como em outras recentes intervenções, também desta vez o primeiro-ministro voltou a criticar indiretamente o anterior executivo de Pedro Passos Coelho por, ao contrário de Espanha, ter adiado para depois da ‘saída limpa da troika', de maio de 2014, a resolução das questões do setor da banca.

"Felizmente, hoje, estamos francamente melhor do que há um ano - e daqui a um mês estaremos melhor do que no presente. Significa isto que o adiamento da solução deste problema é uma fatura pesada que temos de pagar, mas que é absolutamente essencial para podermos ter melhores condições para o financiamento da economia", declarou o primeiro-ministro.

Neste capítulo, no entanto, António Costa também defendeu que a economia empresarial "não pode assentar só no financiamento bancário.

"Por isso, são indispensáveis os mecanismos alternativos de financiamento das empresas, sobretudo das pequenas e médias. São também necessários mecanismos de reforço dos capitais próprios das empresas", afirmou ainda, aqui numa alusão ao programa Capitalizar, que está a ser lançado pelo atual executivo.