“A procura interna registou um contributo menos positivo, em resultado da desaceleração do consumo privado. A procura externa líquida apresentou um contributo negativo ligeiramente menos intenso que o observado nos dois trimestres anteriores, tendo as exportações e importações de bens e serviços desacelerado”, referiu o Instituto Nacional de Estatística (INE), numa nota sobre as contas nacionais trimestrais.

Assim, revelou a mesma nota, o consumo privado desacelerou em volume, passando de um crescimento homólogo de 2,7%, no segundo trimestre, para 2,3%.

“O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu para 2,4 pontos percentuais (2,7 pontos percentuais no trimestre anterior), em resultado do comportamento das despesas de consumo final”, revelou o INE.

Já a procura externa líquida registou um contributo de -0,3 pontos percentuais “para a variação homóloga do PIB, ligeiramente menos negativo que o observado nos dois trimestres anteriores (-0,4 pontos percentuais)”, garantiu o organismo.

Do lado do investimento, no terceiro trimestre, o INE contabilizou um crescimento homólogo de 4,4% em volume, semelhante ao trimestre anterior.

Por outro lado, as exportações de bens e serviços em volume registaram um crescimento menos intenso “passando de uma variação homóloga de 7,1%, no segundo trimestre, para 3,1%”, de acordo com a mesma nota.

“Assistiu-se, igualmente, a uma desaceleração significativa das importações de bens e serviços, com uma variação homóloga de 3,5% em volume, após um aumento de 7,5% no segundo trimestre”, referiu o INE.

A mesma nota deu conta de que, comparativamente com o trimestre anterior, “as exportações totais diminuíram 3,6% em volume (crescimento de 2,3% no segundo trimestre)”.

Por sua vez, “as importações totais registaram uma variação em cadeia de -1,9% no terceiro trimestre (2,3% no trimestre anterior), verificando-se uma diminuição de 2,5% na componente de bens e um crescimento de 2,3% na de serviços”, salientou o INE.

Assim, o saldo externo de bens e serviços fixou-se em 0,1% do PIB, o que compara com 0,6% no trimestre anterior e 0,7% no período homólogo, revelou o INE.

No mesmo período, o emprego registou um crescimento homólogo de 2,1%, 0,1 pontos percentuais abaixo da taxa observada no trimestre anterior.