“Tal como no programa anterior, as aeronaves a alienar fazem parte do inventário nacional, sendo repostas por aeronaves adquiridas aos EUA que são sujeitas a um programa de atualização, `Mid-Life Upgrade´, conduzido pela Força Aérea Portuguesa e pela Indústria de Defesa Nacional”, respondeu o Ministério da Defesa, a uma pergunta enviada pela agência Lusa.
Após um “pedido de informação” da Força Aérea da Roménia, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, deu despacho favorável ao seguimento do processo e a “Força Aérea Portuguesa respondeu à congénere romena” que “haveria a possibilidade de fornecer até cinco aeronaves adicionais”, é referido na resposta do Ministério da Defesa.
A alienação daquelas aeronaves exigirá um processo negocial com os EUA, fabricante, que ainda não está concluído, admitiram à Lusa fontes militares e da Defesa Nacional.
Por essa razão, segundo as mesmas fontes, não está ainda definido o planeamento ou a calendarização do novo processo de alienação das aeronaves, sendo certo que a Roménia já manifestou que quer concretizar a compra o mais rapidamente possível.
A intenção foi reforçada junto do governo português pelo secretário de Estado romeno Mircea Dusa, que esteve na semana anterior em Portugal.
Na resposta enviada à Lusa, o Ministério da Defesa português sublinha que o anterior processo de alienação de 12 aeronaves F-16 para a Roménia, nove monolugares e três bi-lugares, conduzido por Portugal e com o apoio dos EUA, conheceu um sucesso notável” que foi “amplamente reconhecido por todas as partes”.
Após o programa de alienação dos 12 F-16 à Roménia, Portugal ficou com 30 destas aeronaves.
Citado na imprensa internacional, o ministro da Defesa da Roménia, Mihai Fifor, afirmou na segunda-feira, em conferência de imprensa no Ministério, que irá apresentar até ao fim do ano uma iniciativa legislativa no parlamento romeno visando a compra de mais cinco caças, quatro mono-lugares e um bi-lugar, para completar a esquadra de 12 F-16 comprados a Portugal.
O ministro romeno disse que, além dos cinco novos F-16, quer comprar mais 36, visando a substituição integral dos caças de origem russa MiG-21, cujos voos estão, aliás, suspensos até se concluírem as investigações a um acidente com um MiG-21 Lancer que vitimou o piloto, durante um festival aéreo na Roménia no passado dia 07.
O programa da venda de 12 F-16 à Roménia incluiu a formação e treino de cerca de 84 militares romenos, entre pilotos, técnicos e mecânicos entre 2014 e 2018, a preparação e modernização das aeronaves e o envio de uma equipa portuguesa de formação e suporte para apoiar a Força Aérea romena durante dois anos.
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