Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP na agência Bloomberg, a 12 meses foram esta quarta-feira colocados 1.350 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro à taxa de juro média de -0,280%, de novo negativa e inferior à registada em 16 de maio, quando foram colocados 1.250 milhões de euros a -0,271%. A 17 de janeiro foram colocados 1.250 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,398%.

A seis meses foram colocados esta quarta-feira 400 milhões de euros em BT à taxa média de -0,339%, menos negativa do que as verificadas a 16 de maio, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,351%. A 17 de janeiro foram colocados 500 milhões de euros à taxa mínima de sempre de -0,425%.

A procura atingiu 2.705 milhões de euros para os BT a 12 meses, duas vezes superior ao montante colocado, e 965 milhões de euros para os BT a seis meses, 2,40 vezes o montante colocado.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP anunciou a realização esta quarta-feira de dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidades em janeiro de 2019 (seis meses) e em julho de 2019 (12 meses) com um montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros.

Para o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “a taxa nos seis meses subiu ligeiramente e a taxa nos 12 meses desceu ligeiramente, mantendo-se ambas negativas, o que é uma boa notícia para o financiamento do país que recebe juros quando pede emprestado".

"A procura subiu ligeiramente face aos últimos leilões comparáveis, mas nada de muito relevante", refere Filipe Silva, considerando que "também é natural ter havido mais procura na dívida com o prazo mais longo".

Filipe Silva disse ainda que "o Estado faz bem em aproveitar este período de juros negativos para ir substituindo dívida antiga”.