“Teremos de encontrar medidas de mitigação para garantir que desenvolvemos o plano [de reestruturação]. O plano é para este ano e para os três anos seguintes e temos de planear soluções para enfrentar estes desafios”, afirmou a administradora, questionada pela Lusa à margem da visita que está a realizar à Praia, capital de Cabo Verde.

A Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, havendo ainda lugar a compensações relacionadas com a pandemia de covid-19, com 462 milhões de euros referentes ao primeiro semestre de 2020, 107 milhões ao segundo semestre, e a compensação referente ao primeiro semestre de 2021.

Segundo Christine Ourmières-Widener, não se coloca qualquer opção de recorrer a um novo apoio estatal como o que foi disponibilizado, após aval das entidades comunitárias, no ano passado, devido à pandemia de covid-19.

“Já recebemos o nosso apoio em 2021. Estamos agora à espera que o novo Governo tome posse no final deste mês e de uma segunda tranche de apoio, conforme previsto no plano. E a nossa missão na comissão executiva é entregar um plano, com o apoio do nosso Conselho de Administração e acionistas”, afirmou.

Admitiu, no entanto, que a guerra na Ucrânia “criou um desafio” de “custos com os combustíveis e desvalorização do euro”.

“A nossa indústria está a enfrentar desafios todos os dias, não ao nível do período da pandemia, claro, que foi um desafio, foi realmente uma crise para o mundo e para a nossa indústria”, apontou.

Para Christine Ourmières-Widener são desafios a ultrapassar: “Quando não se está preparado para enfrentar desafios e se está na indústria da aviação, então é melhor procurar outra atividade”.

A administradora da TAP garantiu ainda que a companhia aérea portuguesa está a apoiar, nomeadamente com o transporte de carga e de pessoas, até Varsóvia, Polónia, o esforço nacional de ajuda à Ucrânia.

“Estamos muito tristes a ver o que se está a passar na Ucrânia e estamos a fazer tudo para apoiar, não só os alguns funcionários, algumas famílias de funcionários, mas também algumas ONG que estão a tentar ajudar. Fazemos isso em total coordenação com o Governo português, que está a fazer muito, ao receber também refugiados da Ucrânia. Por isso, estamos a fazer o que podemos como uma companhia aérea, com a nossa capacidade de transporte de passageiros e bens”, disse ainda.

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