“Os dados disponíveis desde março confirmam que a recuperação cíclica da economia da zona euro é cada vez mais sólida e que os riscos têm diminuído”, declarou Mario Draghi, numa conferência de imprensa em Frankfurt, após a reunião de política monetária do BCE.

Durante a reunião, o BCE decidiu deixar as taxas de juro inalteradas e o programa de compra de ativos com o ritmo previsto.

O ritmo mensal de aquisições vai manter-se em 60 mil milhões de euros até ao final de dezembro de 2017, “ou até mais tarde, se necessário”, refere o comunicado divulgado após a reunião de política monetária da instituição.

Draghi reiterou que é necessário um nível substancial de expansão necessária para que a inflação suba a médio prazo. O objetivo do BCE é fixar a inflação ligeiramente abaixo de 2,0%.

O BCE ainda não viu que a “inflação tenha uma tendência de subida convincente”, indicou.

Após a descida da inflação em março para 1,5%, maior do que o previsto, o presidente do BCE disse que isso reflete os preços mais baixos da energia e dos alimentos, mas também uma descida no preço dos serviços.

A entidade monetária prevê que a inflação suba em abril, como mostram os preços de contratos de futuros de petróleo.

“O aumento do emprego, que beneficia também das reformas feitas do mercado laboral, apoia os rendimentos reais disponíveis e o consumo privado”, disse o presidente do BCE, citando um dos fatores de recuperação económica.

Draghi apontou, no entanto, algumas fragilidades, nomeadamente no setor bancário, com a presença de crédito malparado, o que prejudica o crescimento do crédito em alguns países.

Sobre os riscos que podem afetar o crescimento da zona euro, o BCE considera que estão a reduzir-se, mas continuam presentes e ligados principalmente a fatores globais.

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