Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Media Capital informou hoje que o lucro subiu 9% em 2018, face ao ano anterior, para 21,6 milhões de euros.
Em igual período, o total de rendimentos operacionais do grupo aumentou 2% para 181,8 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) alcançou os 40,2 milhões de euros, semelhante ao registado no ano anterior.
No segmento televisão - onde estão os canais TVI e TVI24, entre outros - , a Media Capital, detida pelo grupo espanhol Prisa, adiantou que os rendimentos operacionais subiram 2%, para 151,3 milhões de euros.
A publicidade neste segmento também cresceu 2%, para 102,8 milhões de euros, enquanto os outros rendimentos avançaram 1%, para 48,5 milhões de euros.
O EBITDA do segmento de televisão caiu 8% para 30,3 milhões de euros.
Por sua vez, os gastos operacionais na televisão aumentaram 4%, para 121 milhões de euros, sendo que no último trimestre do ano o crescimento foi de 7% (para 34,5 milhões de euros), resultando, "sobretudo, da aposta em conteúdos de maior valia".
Do total de rendimentos operacionais registados pela Media Capital em 2018 (181,8 milhões de euros), 124,7 milhões de euros correspondem a publicidade, cujas receitas subiram 3% no ano passado.
Os rendimentos operacionais no segmento produção audiovisual subiram 3%, para 32,8 milhões de euros e as relativas à rádio avançaram 5%, para 19,4 milhões de euros.
"É de assinalar ainda o desempenho ao nível da geração de caixa, com uma melhoria do 'cash flow' operacional de 29,5 milhões em 2017 para 35,0 milhões em 2018, bem como da dívida líquida, que reduziu 9,6 milhões face ao observado no final de 2017, não obstante dividendos distribuídos de 18,6 milhões", acrescenta a Media Capital.
A dívida líquida da Media Capital atingiu, no final do ano, 85,7 milhões de euros. Os resultados financeiros melhoraram 34%, "em resultado do menor volume médio de dívida líquida, da redução do respetivo custo e de variações cambiais".
O segmento de rádio voltou a melhorar o EBITDA, desta feita em 14%, chegando aos 7,4 milhões de euros, com uma margem 38,1%.
Em 2018, o conjunto das rádios do grupo Media Capital registou um 'share' médio de 37,1%, "o mais elevado de sempre, sendo igualmente o sétimo ano consecutivo de subida".
Na área digital, o ano ficou marcado por uma "forte melhoria" dos resultados a nível de audiências e receitas. Em comparação com período homólogo, o número de visitas, páginas vistas e vídeos visionados subiu 19%, 29% e 51%, respetivamente, contribuindo para os 19% de crescimento da publicidade.
Os outros rendimentos operacionais, compostos essencialmente por rendimentos de produção audiovisual, serviços multimédia e rendimentos de cedência de sinal, cresceram 1%, "beneficiando de mais rendimentos associados a serviços multimédia", refere a Media Capital.
O 'capex' (investimento) da Media Capital no ano passado atingiu os 6,1 milhões de euros, mais 52% do que em 2017, "com destaque para o segmento de televisão na segunda metade do ano, em virtude de investimentos de renovação de material e equipamentos de estúdios", refere o grupo.
No segmento televisão, o 'capex' mais que duplicou (126%), para 3,7 milhões de euros, enquanto na produção audiovisual diminuiu 15%, para 1,5 milhões de euros.
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