“O bombeamento foi retomado às 17:09 (14:09 em Lisboa)”, destacou o porta-voz e assessor do presidente da Transneft, Igor Demin, à agência de notícias RIA Novosti.

A Transneft divulgou na terça-feira que a Ukrtransnafta informou sobre a suspensão do bombeamento de petróleo para a Hungria.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, convocou na terça-feira à noite uma reunião do Conselho de Defesa, para discutir a situação de segurança após o corte no fornecimento de petróleo russo.

De acordo com a empresa petrolífera húngara MOL, os ataques aéreos russos contra a Ucrânia terão danificado um transformador no oleoduto Druzhba, que transporta petróleo bruto para a Europa via Ucrânia, interrompendo o fornecimento para a Hungria e outros países da Europa Central.

De acordo com as autoridades ucranianas, a Rússia disparou na terça-feira sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas “cerca de” 90 mísseis, causando cortes de eletricidade que afetaram mais de dez milhões de habitações na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.