O conselho de administração da SATA “exorta o sindicato a retirar os pré-avisos de greve de forma a poder-se retomar o diálogo que vinha sendo estabelecido entre as partes”, lê-se numa informação da empresa.

Os tripulantes de cabine da SATA Internacional/Azores Airlines vão estar em greve nos dias 1 e 2 de maio, assegurando apenas três voos de serviços mínimos, anunciou na última quarta-feira o SNPVAC.

O incumprimento de vários pontos do clausulado do acordo de empresa, assim como de alguns protocolos assinados, são os motivos apontados pelo sindicato.

Segundo o pré-aviso de greve, publicado na imprensa, a paralisação abrange “todos os voos da Azores Airlines/SATA Internacional cujas horas de apresentação e/ou etapa/setor ocorram em território nacional entre as 00h00 e as 23h59 desses dias”.

Estão igualmente incluídos “os demais serviços, como sejam a assistência, reserva, ou qualquer tarefa no solo, ou seja, qualquer tarefa ordenada pela empresa, nomeadamente instrução ou outro serviço em que o tripulante preste atividade, inspeções médicas no âmbito da Medicina do Trabalho, situações de deslocação como 'dead crew' ou através de meios de superfície”.

A greve decretada contempla também os “refrescamentos ou quaisquer outras ações de formação no solo, deslocações às instalações na empresa, desde que expressamente ordenadas por esta, com o objetivo do desempenho de atividade integrada na esfera das obrigações laborais”.

Nesse dia, o presidente da SATA, Paulo Menezes, disse à Lusa estar a analisar as razões que levaram o SNPVAC a emitir o pré-aviso de greve, garantindo que a transportadora açoriana “tudo fará para minimizar o impacto nos passageiros”.

Paulo Menezes adiantou que a empresa “já acionou o plano de contingência para fazer face a uma eventual greve” e explicou que a SATA “ainda não tem uma situação financeira equilibrada, estando num processo de recuperação”, além de que está também “condicionada pela legislação em vigor, nomeadamente o Orçamento do Estado”.

Hoje, na mesma nota, o conselho de administração da SATA refere que, após analisar as questões suscitadas no pré-aviso de greve, “está, como sempre esteve, disponível para dialogar e encontrar as melhores soluções para a empresa e para os trabalhadores” e que as questões invocadas, “desde que não impliquem aumento de custos e não ponham em causa a recuperação financeira da empresa, bem como estejam de acordo com a legislação em vigor podem ser, como algumas já estão, resolvidas”.

Contudo, a SATA faz notar que é “fundamental que este diálogo se faça num clima que não pode estar condicionado por um pré-aviso de greve” e sustenta que o anúncio da paralisação está “a prejudicar, e muito, as vendas das empresas do grupo”, comprometendo “seriamente o percurso de recuperação que tem vindo a ocorrer”.

A empresa açoriana acrescenta que na sexta-feira, a pedido da Comissão de Trabalhadores da SATA Internacional, está agendada uma reunião com a empresa e sindicato.

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