Segundo Carlos Saturnino, que falava numa conferência de imprensa, no âmbito das comemorações dos 42 anos de existência da empresa angolana, aqueles dois investimentos são estratégicos e dão “bons resultados”.

“O investimento na GALP é um bom investimento. A GALP está envolvida em concessões petrolíferas e outras atividades não só em Portugal, na Península Ibérica, tem investimentos em Angola, em vários blocos, tem investimentos muito interessantes e sonantes a nível do Brasil, de maneira que é um investimento estratégico e que tem dado bons resultados”, disse Carlos Saturnino.

Relativamente ao Millennium BCP, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol salientou que o banco “melhorou substancialmente, tem produzido dinheiro, tem produzido resultados, não tem distribuído grandes montantes, mas é um banco que tem adicionado valores através da sua atividade”.

“Ou seja, por cada euro investido, o banco hoje gera valor adicionado, para a organização que o banco continua a reinvestir, ainda não deu o salto no sentido de gerar valor para distribuir aos acionistas, mas são conhecidos os seus resultados”, acrescentou.

Questionado sobre o reforço da participação que a Sonangol mantém no Millennium BCP, Carlos Saturnino disse ser prematuro avançar dados, anunciando que a petrolífera tem estado a desenvolver negociações com o grupo chinês Fosun, o maior acionista no BCP quanto ao futuro do banco.

“Essas negociações são normais e são feitas pelos maiores dois acionistas, a Fosun e a Sonangol. A administração do BCP terminou o mandato em dezembro de 2017 e normalmente é no fim do ano e no início do ano seguinte, quando o mandato acaba, que os dois acionistas fazem concertações sobre qual deve ser o modelo de governo e de negócio do banco, qual deve ser a equipa que deverá assumir o comando dos órgãos sociais”, adiantou.

“Nós temos estado a fazê-lo nas últimas semanas, com muito mais afinco, naturalmente há discussões também diretas com o presidente do Conselho de Administração do Banco Millennium, com o presidente da Comissão Executiva do Banco Millennium, tem estado em discussão um novo modelo de governo para o Banco Millennium e tudo isto é uma preparação para a informação que tínhamos que fazer chegar durante o mês de fevereiro à supervisão bancária, ao Banco de Portugal e ao Banco Central Europeu, em Frankfurt, esse trabalho está praticamente concluído e é a preparação para a assembleia geral que haverá em maio deste ano”, acrescentou.

Sobre o futuro dos investimentos no BCP, adiantou que tudo depende da estratégia que vier a ser acordada dentro do banco.

“Para dar um exemplo, a Sonangol propôs à gestão do banco e também ao parceiro Fosun, reativar um Conselho Superior de Estratégia, que o banco sempre teve, mas que não estava muito ativo, que nós achamos muito importante para termos assento com os nossos representantes, pessoas da administração da Sonangol, da administração do banco, da Fosun e de outros acionistas e discutir qual vai ser a estratégia do banco consoante as diferentes regiões, ou seja, geoestratégia para África, para a Europa, etc”, frisou.

Carlos Saturnino recordou que futuros investimentos no banco não são uma decisão somente da administração da Sonangol, é do seu dono, com um parecer da direção da petrolífera.

“Ou seja, nós não estamos a dizer que não vamos investir em Portugal”, destacou.

A respeito de futuros investimentos, Carlos Saturnino não afastou a hipótese, não particularizando apenas Portugal.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração da petrolífera angolana, a Sonangol é uma empresa que tem presentemente uma exposição internacional, razão pela qual devem ser analisados quais os resultados que novos investimentos podem trazer.

“Dizer que não investiremos em Portugal, não podemos dizer. Pode ser que haja investimentos a fazer. Nós não particularizamos o caso de Portugal. Hoje a Sonangol tem investimentos em Portugal, em empresas que têm atividade no Brasil, em Cuba, na Venezuela, através de participadas tem investimentos na Indonésia, Singapura, Wall Street, Nova Iorque”, enumerou.

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