De acordo com o relatório do primeiro trimestre de 2023 sobre o movimento de passageiros nos quatro aeroportos internacionais do arquipélago, da empresa estatal ASA, o número de passageiros movimentados por todas as companhias cresceu 46%, face ao mesmo período de 2022, para 528.348, mas continua 3% abaixo do registo do primeiro trimestre de 2019 (543.151), anterior às consequências da pandemia de covid-19.
Desse total, a portuguesa TAP cresceu no movimento de passageiros transportados de e para os quatro aeroportos internacionais de Cabo Verde para 106.205 nos primeiros três meses do ano, em todos os casos já acima do movimento no mesmo período de 2019.
No Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Praia, a TAP movimentou 42.037 passageiros, um aumento de 3% face ao mesmo período de 2022 e de 5% tendo em conta o movimento em 2019, liderando entre as companhias que operam na capital cabo-verdiana.
A transportadora aérea portuguesa também liderou no Aeroporto Internacional Cesária Évora, ilha de São Vicente, com 22.342 passageiros, um aumento de 57% no espaço de um ano e mais 15% face ao primeiro trimestre de 2019.
No Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, ilha do Sal, a mais turística de Cabo Verde, a TAP movimentou 34.116 passageiros, apenas atrás da operadora turística TUI Airways, de voos charter, mas aumentando 81% no espaço de um ano e somando 49% de passageiros tendo em conta o mesmo período de 2019.
Já no Aeroporto Internacional Aristides Pereira, ilha da Boa Vista, cujos voos a TAP só retomou no segundo trimestre do ano passado, a companhia portuguesa movimentou 7.710 passageiros, ainda assim mais 47% face ao desempenho do primeiro trimestre de 2019.
A TAP transportou de e para Cabo Verde quase 385 mil passageiros em 2022, mais 65% face ao ano anterior, segundo dados anteriores da ASA.
A anterior presidente executiva da companhia aérea portuguesa, Christine Ourmières-Widener, visitou Cabo Verde em março de 2022 e anunciou na altura a retoma dos voos da TAP para a Boa Vista no mês seguinte, dois anos após a interrupção devido à pandemia, tendo ainda traçado a meta de transportar 250 mil passageiros no arquipélago naquele ano.
“É um mercado muito importante para nós, não apenas pelo tamanho, mas também pela ligação e comunidades entre Portugal e Cabo Verde. A importância do mercado não é só pelas receitas, mas também pela importância das ligações económicas entre os dois países”, disse Christine Ourmières-Widener, que então se reuniu, na Praia, com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
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