A greve decorre até 31 de março em Sines, contando com a adesão dos trabalhadores da refinaria de Matosinhos a partir de dia 15.
Esta greve decorre desde o início do ano, a par de protestos na rua, com os sindicatos a acusarem a empresa de falta de diálogo.
Rogério Silva, presidente da Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas), disse à agência Lusa que os trabalhadores vão continuar a lutar para obrigar a empresa a dialogar com os seus representantes.
“Esta situação já se arrasta há muito tempo, a empresa já teve uma quebra significativa nas exportações e os trabalhadores perdem remuneração, esperamos que em breve seja marcada uma reunião para podermos dialogar”, disse, acrescentando que foi também pedida a intervenção do Ministério do Trabalho.
O sindicalista lembrou que a Galp registou uma quebra de 36 milhões de euros nas exportações e considerou que isso se deve ao efeito da paralisação na produção.
Quanto aos trabalhadores em greve, não têm um prejuizo equivalente à duração da paralisação, porque lhes “foram impostos serviços mínimos abusivos”, que eles fazem questão de cumprir.
A greve em curso é também um protesto contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos, contra a desregulação e o aumento dos horários, incluindo o banco de horas, e de defender os regimes de reformas e de saúde.
Os trabalhadores reivindicam ainda a integração nos quadros da Galp do pessoal que há vários trabalha nas refinarias em regime de sub-contratação.
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