A greve, que se vai prolongar até 07 de janeiro de 2023, vai decorrer através de paragens semanais de 24 horas, entre segunda a quinta-feira, para as quais são convocados cerca de 1.600 trabalhadores das empresas Ryanair, Crewlink e Workforce.
A greve dos tripulantes de cabine da Ryanair cancelou 319 voos com origem ou destino em Espanha nos meses de junho e julho e provocou atrasos em 3.700 ligações, segundo os sindicatos que convocaram o protesto.
Segundo os sindicatos, em junho e julho a Ryanair despediu 11 tripulantes de cabine “por exercerem o seu direito à greve”, algo que a empresa nega.
Os representantes dos trabalhadores condenaram também o Ministério do Trabalho espanhol que, nas palavras de um dirigente do sindicato USO, Ernesto Iglesias, “não deu sinais de vida” nas semanas da última greve e não se quis assumir como mediador no conflito.
O mesmo sindicalista, numa declaração enviada na ocasião aos meios de comunicação social, afirmou que a Ryanair usou trabalhadores de bases que tem fora de Espanha para “furar a greve”, em desrespeito pela legislação espanhola, o que foi comunicado à inspeção de trabalho e deverá resultar numa sanção à companhia aérea.
As greves visam “obrigar a Ryanair a cumprir a lei espanhola”, dizem os sindicatos, segundo os quais estão em causa direitos laborais associados a atualizações salariais, férias, folgas e períodos de descanso.
Segundo os sindicatos, há salários na Ryanair que não atingem o salário mínimo espanhol e sublinham que isto mesmo foi confirmado por inspeções das autoridades do trabalho em bases da companhia aérea irlandesa em Espanha.
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