“Se nós já estamos com valores a nível do desemprego semelhantes aos que tínhamos em 2002, do ponto de vista do emprego temos valores que tínhamos em 2010, ou seja, estamos ainda longe de atingir o valor que tínhamos antes da crise, o que quer dizer que há muito trabalho a fazer”, considerou o governante, em declarações à agência Lusa.
No dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que a taxa de desemprego desceu para 7,2% em abril, atingindo o valor mais baixo desde novembro de 2002, Vieira da Silva sublinhou que os “sinais são todos positivos quer do lado do emprego, quer do lado da segurança social”, e que vão no sentido de “forte dinamismo”, que se espera que “continue a acentuar-se”.
À Lusa, o ministro acrescentou a “tendência muito positiva, que se vem registando no mercado de trabalho”, com os números do INE e do Instituto de Emprego e Formação Profissional a mostrarem a “mudança muito profunda que se verificou nos últimos anos”.
O governante referiu que “desde finais de 2015, princípios de 2016” há cerca de 290 mil empregos criados a mais do que aqueles que existiam, pelo que a “criação de emprego foi ainda mais significativa”.
Apesar dos valores colocarem Portugal, “pela primeira vez, desde há muitos anos, muito idênticos à média da União Europeia e já claramente abaixo da zona euro”, a economia nacional “precisa de mais empregos, maior crescimento e esse é um objetivo que não se pode perder de vista”.
Os empregos criados também devem ser de “qualidade, com bons salários e estabilidade”.
“Precisamos de crescer mais e continuar este caminho de recuperação do emprego, que é a chave para todo o desenvolvimento do país”, considerou.
Já a estimativa provisória da taxa de desemprego em maio é de 7,3%, tendo aumentado 0,1 pontos percentuais face a abril, segundo o INE.
Instado a comentar este dado, o ministro afirmou a opção em comentar os dados definitivos, lembrando que em relação a abril houve uma correção das estimativas, numa descida de duas décimas.
Vieira da Silva referiu que, com os dados que já possuí em relação a maio, não fica preocupado com os valores do desemprego.
Comentários