Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 1,65%, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,25% e o alargado S&P500 subiu 1,85%.

Depois de quatro sessões consecutivas em baixa, o mercado estava pronto para uma recuperação, o que aconteceu graças ao relatório mensal sobre o emprego.

Cerca de 253 mil empregos foram criados nos EUA em abril, muito mais do que os 180 mil esperados pelos economistas. Mas o afastamento foi relativizado com a revisão em baixa dos números dos dois meses anteriores, no total de 149 mil.

A média a três meses passou de 333 mil em janeiro para 222 mil agora. “Claramente, o mercado de trabalho continua robusto, mas com a temperatura a baixar”, comentou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.

“Os números (macroeconómicos) do dia, com a recuperação dos bancos regionais, trouxeram alívio quanto ao estado atual da economia, que não é de recessão”, observou Angelo Kourkafas, da Edward Jones. “Nem sequer se está em ponto de viragem », acentuou.

Quanto aos bancos, a confiança regressou hoje, como tinha desaparecido na quinta-feira, sem espalhafato, durante uma nova semana difícil para os estabelecimentos regionais.

Apresentado como o novo elo mais fraco, o californiano PacWest quase que duplicou o seu valor, ao encerrar com uma valorização de 81,70%. Fortes valorizações bolsistas foram também conseguidas pelo Western Alliance, de Phoenix, no Estado do Arizona, que avançou 49,23%, e pelo Zions, de Salt Lake City, no Utah, que subiu 19,22%.

Este entusiasmo propagou-se aos grandes nomes, como o Wells Fargo (+3,32%) ou o Citigroup (+3,16%).

Os operadores assinalaram também, no relatório sobre o emprego, que o salário médio tinha aumentado mais do que esperado (0,5% contra 0,3%), em termos mensais.

“O relatório destaca que, mesmo que a Reserva Federal tenha assinalado uma pausa (durante o seu comunicado de quarta-feira) na subida da taxa de juro de referência, não podem ser afastadas novas subidas se a criação de emprego e a subida dos salários não for contida, com a inflação”, preveniram, em nota analítica, os economistas da Oxford Economics.