Sai um manual de normas para a mesa do canto, por favor!
Edição por Inês F. Alves
Segundo o plano de desconfinamento do governo os restaurantes podem abrir portas a 18 de maio. O problema é que até este dia 8 de maio não se sabia exatamente em que moldes — com as associações do setor a reclamar diretrizes com urgência e a lamentar o pouco tempo que teriam para adaptar-se à nova realidade. Pois bem, agora já são conhecidas as recomendações da Direção-Geral da Saúde. E se não há surpresas relativamente à diminuição da lotação dos espaços ou ao reforço de higiene, outras medidas há a assinalar e destaco as seguintes: pratos e talheres só chegam à mesa depois de o cliente se sentar, nada de decorações ou ementas a passar de mão em mão, haverá circuitos específicos para ir à casa de banho e os serviços de self-service ou buffet são desaconselhados. Para mais detalhes, leia este nosso guia.
A marcar também a atualidade está a injeção de 850 milhões de euros no Novo Banco, noticiada pelo Expresso, e que até já valeu um pedido de desculpas do primeiro-ministro ao Bloco de Esquerda.
Em resumo, o semanário noticiou na quinta-feira que o Novo Banco recebeu esta semana mais um empréstimo público. A notícia surgiu depois de António Costa ter garantido, nessa tarde, no debate quinzenal no parlamento, que não haveria mais ajudas de Estado até que os resultados da auditoria ao banco fossem conhecidos. Afinal, o primeiro-ministro estava mal informado e não sabia que o Ministério das Finanças tinha procedido a esse pagamento. Face ao sucedido, o primeiro-ministro pediu desculpas ao Bloco de Esquerda (BE).
Os 850 milhões de euros foram transferidos para o Fundo de Resolução sob a forma de um empréstimo, que injetou 1.037 milhões de euros no Novo Banco. O dinheiro destina-se a compor as contas do Novo Banco de 2019.
O Bloco de Esquerda já fez saber que esta transferência é "chocante". Para Catarina Martins este tipo de escolhas e de opacidade “são absolutamente insuportáveis”, mais ainda em plena crise pandémica. Também o PCP criticou que o facto de se continuar “a enterrar milhões de euros dos portugueses no Novo Banco”. “Houve uma agilidade e uma falta de controlo político que é totalmente contrastante com a quantidade de burocracias que são exigidas às microempresas para ter acesso ao apoio [do Estado] que necessitam nesta fase em que estamos a viver”, assinalou Duarte Alves. O PAN, por sua vez, considerou que “este ato do Governo demonstra, no fundo, que mesmo num contexto grave como o que vivemos, em que cada euro conta, para o Governo a banca e os interesses instalados que têm lesado o Estado nos últimos anos estão à frente dos cidadãos e são sempre a prioridade número um”, disse André Silva.
Entretanto, da Europa chegam rumores de Centeno não se candidatar a um segundo mandato como presidente do Eurogrupo, alegadamente pelo cansaço provocado pela carga excessiva de trabalho também decorrente da acumulação de pastas. Do gabinete do ministro, porém, só a garantia de que "em devido tempo" o ministro das Finanças português anunciará a sua decisão.
Empresas & Emprego
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