Na nova tabela, que entra em vigor nos próximos dias, o preço do transporte para distâncias até 10 quilómetros passa de 12 meticais (0,18 cêntimos de euro) para 15 meticais (0,23 cêntimos de euro) e para percursos acima de 10 quilómetros o custo passa dos atuais 15 meticais para 19 meticais (0,29 cêntimos de euro).

A aprovação da nova tabela ocorre após as paralisações de 04 julho, quando proprietários de autocarros e 'chapas', ligeiros improvisados como transporte urbano coletivo, encostaram os seus veículos em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, provocando longas filas e confusão nalgumas zonas da capital moçambicana.

O Governo moçambicano comprometeu-se a subsidiar os transportadores, mas a maior parte dos "chapeiros", que garantem a circulação nos centros urbanos moçambicanos, não têm licença para a atividade, um dos requisitos para a atribuição de subsídios pelas autoridades.

A Autoridade Reguladora de Energia (Arene) de Moçambique anunciou em 01 de julho a terceira subida de preço dos combustíveis deste ano, com o gás de cozinha a subir quase 20%.

A guerra na Ucrânia e as pressões inflacionistas globais conduziram aos novos preços, que entraram em vigor no sábado em Moçambique.

A gasolina subiu de 83,30 meticais (1,24 euros) por litro para 86,97 meticais (1,30 euros) e o gasóleo passou de 78,97 meticais (1,18 euros) para 87,97 meticais (1,32 euros) por litro.

Em 2008 e 2010, o aumento do preço de transporte rodoviário, acompanhado do agravamento do custo dos bens e serviços essenciais, gerou revoltas populares nalgumas das principais cidades do país, resultando em confrontos com a polícia e destruição nalguns locais.

EYAC // VM

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