De acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), "o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, desacelerou, em termos homólogos, em fevereiro, após a forte aceleração verificada em janeiro". Este indicador tinha diminuído em novembro e dezembro.

Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, "aumentou entre janeiro e março, após ter estabilizado no mês precedente".

Segundo o INE, o índice de preços na produção da indústria transformadora desacelerou nos últimos oito meses, "de forma significativa em fevereiro e março", apresentando uma taxa de variação homóloga de 7,1% (12,4% no mês anterior).

Excluindo a componente energética, este índice aumentou 8,3% em termos homólogos (10,8% em fevereiro).

Quanto ao índice relativo aos bens de consumo, registou uma variação homóloga de 11,5% em março (14,8% no mês anterior), desacelerando pelo quarto mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).

Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 7,4% em março, taxa inferior em 0,8 pontos percentuais à observada no mês anterior.

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados "desacelerou, passando de uma variação homóloga de 20,1% em fevereiro, a taxa mais elevada desde maio de 1990, para 19,3% em março".

Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens desaceleraram em fevereiro pelo sexto mês consecutivo, para crescimentos homólogos de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações (8,1% e 7,0%, respetivamente, em janeiro).

De acordo com o INE, os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, "apontam para uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e na construção em termos reais".

"Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica e o indicador quantitativo de síntese de consumo privado desaceleraram em fevereiro, enquanto o indicador de investimento aumentou em termos homólogos em fevereiro, após a diminuição registada no mês precedente", refere o instituto estatístico.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego do INE, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,8% em fevereiro, valor inferior em 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior (6,5% em novembro e 5,6% em fevereiro de 2022).

A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 12,0% em fevereiro, menos 0,2 pontos percentuais que em janeiro (11,1% em janeiro de 2022) e a população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 0,6% em termos homólogos e 0,5% face ao mês anterior (variação homóloga de 0,2% em janeiro).

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