"Este projeto visa contribuir para a identificação de modelos de resiliência climática a nível das comunidades, que são necessários para alimentar Moçambique", disse Pietro Toigo, representante residente do BAD, citado no comunicado do Banco, enviado hoje à comunicação social.

Trata-se de um projeto que visa melhorar os sistemas de subsistência dos habitantes de 10 comunidades rurais e vulneráveis, cerca de 100 famílias, que residem nas zonas costeiras e marinhas daquela província do centro de Moçambique.

As comunidades são da Área de Proteção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas, no distrito de Pebane e na zona tampão do distrito de Mocubela, na província da Zambézia.

Segundo o documento, o projeto, alinhado com as prioridades locais e da província, vai capacitar mulheres e jovens para implementar iniciativas de "baixo carbono e de recuperação de ecossistemas degradados".

O projeto, que arrancou em finais de 2020 e tem duração de dois anos, irá promover um sistema integrado de agricultura, agrossilvicultura, piscicultura e apicultura, segundo o comunicado.

O país atravessa a época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

Os desastres naturais dos últimos meses afetaram profundamente o centro e sul de Moçambique, nas províncias de Sofala, Manica, parte sul da Zambézia, Inhambane e Gaza.

Os mais graves foram a tempestade Chalane, no final de 2020, e o ciclone Eloise, em janeiro, com um balanço oficial total de 19 mortos. Relatos de autoridades locais apontam para o dobro.

No último fim de semana, o ciclone Guambe passou ao largo da costa moçambicana e afetou vários distritos da zona sul.

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