"Em abril, o banco estabeleceu o Instrumento de Resposta à covid-19, com até 10 mil milhões de dólares [8,4 mil milhões de euros] para apoiar de forma flexível as operações soberanas e não soberanas dos países africanos. Até 20 de agosto, já foram aprovados 2,3 mil milhões de dólares [1,9 mil milhões de euros] para os países-membros do BAD e mais 1,1 mil milhões de dólares [930 milhões de euros] já foram entregues aos países-membros do Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD)", lê-se numa nota enviada à Lusa.

O FAD é o braço concessional do BAD, a maior instituição financeira multilateral no continente, e visa fomentar o desenvolvimento nos países mais pobres através de empréstimos com um risco mais elevado e com taxas de juro muito baixas ou empréstimos a fundo perdido.

O anúncio do BAD surge nas vésperas das reuniões dos governadores, que vão reunir-se esta semana, pela primeira vez de forma virtual, nos Encontros Anuais, que deverão ficar marcados pela reeleição do presidente, Akinwumi Adesina, para um segundo mandato de cinco anos.

Em março, o banco emitiu na bolsa de Londres 3 mil milhões de dólares em títulos de dívida de cariz social, tendo assegurado a manutenção do 'rating' AAA (melhor nível) por parte da Fitch e da Standard & Poor's ainda no primeiro semestre.

Os governadores do BAD são geralmente os ministros das Finanças e da Economia ou os governadores dos bancos centrais dos 54 países africanos que são membros do BAD, a que se juntam mais 27 membros não regionais, entre os quais está Portugal.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 809 mil mortos e infetou mais de 23,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 27.779 mortos confirmados em mais de 1,2 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

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