"Em Baku, os Estados Unidos desafiaram os países a tomar uma decisão urgente: condenar as comunidades vulneráveis a desastres climáticos cada vez mais catastróficos ou dar um passo em frente e colocar-nos a todos num caminho mais seguro para um futuro melhor", disse Joe Biden
"Embora ainda tenhamos muito trabalho a fazer para atingir os nossos objetivos climáticos, o resultado de hoje [sábado] permite-nos dar um grande passo em frente", disse Biden, num comunicado.
Após duas noites de horas extraordinárias na conferência da ONU sobre o clima, a COP29, os países pobres e vulneráveis resignaram-se a aceitar o compromisso financeiro dos países desenvolvidos até 2035, o que aumenta o seu compromisso atual que estava fixado nos 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros) por ano.
"Graças em parte aos esforços incansáveis de uma forte delegação norte-americana, o mundo alcançou um (...) acordo histórico", disse Biden, que saudou um objetivo que descreveu como ambicioso.
O Presidente salientou que o pacto ajudará a mobilizar o nível de financiamento de que os países em desenvolvimento necessitam para acelerar a transição para economias limpas e sustentáveis, "ao mesmo tempo que abre novos mercados para veículos eléctricos, baterias e outros produtos fabricados nos Estados Unidos".
Biden, que deixará a Casa Branca a 20 de janeiro, disse ainda acreditar que os Estados Unidos "continuarão este trabalho: nos nossos estados e nas nossas cidades, pelas nossas empresas e pelos nossos cidadãos, com o apoio de textos como a Lei de Redução da Inflação", o plano de transição energética.
"Se alguns tentarem negar ou atrasar a revolução da energia limpa que está em curso na América e em todo o mundo, ninguém poderá desfazê-la -- ninguém", disse Biden, numa alusão ao presidente eleito Donald Trump.
Desde o início da conferência que os países em desenvolvimento exigiam muito mais dinheiro, para os ajudar na transição energética mas também para fazerem face aos problemas causados pelas alterações climáticas.
A reunião deste ano tinha como ponto principal da agenda a definição de um novo montante de apoio.
O novo objetivo financeiro dolorosamente adotado na COP29, em Baku, "é uma apólice de seguro para a humanidade" face aos impactos das alterações climáticas, mas "não é altura para voltas de honra", reagiu o diretor da ONU Clima, após a aprovação do acordo, já hoje na capital do Azerbaijão (hora local).
"Nenhum país conseguiu tudo o que queria e estamos a sair de Baku com uma montanha de trabalho para fazer. Por isso, não é altura para dar voltas de vitória", afirmou Simon Stiell em comunicado.
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