Apesar da recuperação, em agosto os consumidores brasileiros não estavam tão otimistas quanto em julho, quando o índice da FGV que mede a confiança dos consumidores cresceu 7,7 pontos.

De acordo com o levantamento, "o tímido aumento da confiança dos consumidores em agosto representa uma desaceleração no ritmo de recuperação iniciado em maio" e reflete a "grande incerteza" dos brasileiros perante a crise provocada pela pandemia de covid-19.

A situação preocupa tanto as pessoas com rendimentos mais baixos quanto aquelas com rendimentos mais altas.

Segundo o estudo, os brasileiros com menor rendimento preveem maiores dificuldades nos próximos meses, quando o Governo liderado pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, suspender um subsídio de 600 reais (cerca de 90,50 euros) que concedeu aos trabalhadores que perderam rendimento com a chegada da covid-19 ao país.

Bolsonaro anunciou na semana passada que a ajuda será prorrogada até dezembro com um valor supostamente menor que ainda não foi definido.

Embora seja o quarto mês consecutivo de crescimento após o colapso sofrido em abril (-22 pontos), o nível do indicador da FGV está 7,8 pontos abaixo do registado em fevereiro, antes da chegada do novo coronavírus ao Brasil, e 8, 7 pontos abaixo do índice de agosto do ano passado.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 3,6 milhões de casos e 114.744 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 809 mil mortos e infetou mais de 23,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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