Em comparação com igual período de 2022, o produto interno bruto (PIB) da quarta maior economia da Ásia cresceu 0,8%, mais lento do que o aumento de 1,3% registado durante o ano passado, de acordo com dados do Banco da Coreia (BoK, na sigla em inglês).

As exportações, que cresceram 3,8% em relação ao trimestre anterior, e o consumo privado, que subiu 0,5%, estão por trás do crescimento registado no início do ano, sublinhou o banco central sul-coreano.

No entanto, o regulador admitiu que ambos os fatores poderão a curto prazo ser afetados pelas políticas monetárias restritivas na Coreia do Sul e em outras grandes economias mundiais.

Desde abril do ano passado e para combater a inflação, o banco central sul-coreano aumentou por sete vezes a taxa de juro de referência, atualmente fixada em 3,5%.

Apesar dos sinais de abrandamento, o BoK poderá vir a subir a taxa referência em mais 0,25%, dada a possibilidade de o diferencial com países como os Estados Unidos, onde a taça está fixada entre 4,75% e 5%, poder ter um impacto ainda maior na balança comercial e na inflação.

O crescimento das exportações, o principal motor do PIB sul-coreano, tem vindo a desacelerar desde outubro, sobretudo devido à queda global da procura de semicondutores, o bem que o país asiático mais vende para o exterior.

A despesa pública aumentou 0,1% face ao trimestre anterior, mas o investimento de capital contraiu 0,9%, uma vez que, embora o investimento em construção ou obras de engenharia tenha subido 0,2%, o correspondente a bens de capital apresentou um decréscimo de 4%.

Para este ano, o regulador sul-coreano prevê um crescimento de 1,6%, semelhante à previsão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). O Banco Mundial coloca a estimativa em 1,5%.

VQ // EJ

Lusa/Fim