Em dólares, moeda adotada pelo Governo brasileiro para divulgar relatórios sobre as suas contas externas, as transações correntes da balança de pagamentos foram deficitárias em 1,4 mil milhões em setembro passado perante o défice de 6,9 mil milhões registado em setembro de 2022.

Para calcular o resultado das contas externas, o Governo brasileiro considera as transações correntes com dados de exportação e importação comercial de serviços e bens, remessas de dinheiro, serviços adquiridos por brasileiros no exterior, remessas de juros, lucros e dividendos realizadas do Brasil para outros países.

Segundo o comunicado do Banco Central brasileiro, a diminuição mensal do défice externo em setembro foi possível graças ao excedente de 7,2 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros) na balança comercial contra o saldo positivo de 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros na cotação atual) registado em setembro de 2022, o que representa um aumento de 250%.

O défice em transações correntes do país sul-americano nos doze meses encerrados em setembro somou 39,8 mil milhões de dólares (37 mil milhões de euros) ou 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, perante o total de 56,9 mil milhões de dólares (53 mil milhões de euros ou 3,09% do PIB) em setembro de 2022.

Nos primeiros nove meses do ano, o défice do Brasil nas transações internacionais relacionadas com comércio, serviços e rendimento primário foi de 20,9 mil milhões de dólares (19,4 mil milhões de euros), com uma redução de 39,7% face ao ano anterior.

Os investimentos estrangeiros diretos no país somaram 3,8 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) em setembro passado contra 9,6 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros) em setembro de 2022.

Em setembro, houve ingressos de 3,4 mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros) em participação no capital e de 368 milhões de dólares (342,6 milhões de euros) em operações intercompanhia, ou seja, transações entre uma empresa mãe e as suas subsidiárias ou entre as subsidiárias de um mesmo grupo.

Já o investimento estrangeiro direto no país acumulado em 12 meses totalizou 60 mil milhões de dólares (55,8 mil milhões de euros ou 2,89% do PIB) em setembro de 2023, abaixo dos 72,1 mil milhões de dólares (67,1 mil milhões de euros ou 3,91% do PIB) em setembro de 2022.

As reservas internacionais do Brasil somaram 340,3 mil milhões de dólares (316,9 mil milhões de euros) em setembro, montante que indica uma queda de 3,9 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) face ao mês anterior.

O Banco Central brasileiro explicou que o resultado decorreu de contribuições negativas por variações de paridades, que somaram 1,7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros), e variações de preços, 2,3 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros). A receita de juros somou 591 milhões de dólares (550,3 milhões de euros).

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