
"A taxa de inflação tem-se mantido abaixo de 3% desde o início do ano. Os preços da energia e dos produtos alimentares, em particular, têm vindo a travar a taxa de inflação desde janeiro de 2024", segundo a presidente da Destatis, Ruth Brand.
No entanto, acrescentou, "a taxa de inflação subjacente - medida como a variação do Índice de Preços no Consumidor [IPC] excluindo a alimentação e a energia - tem sido superior à taxa de inflação global desde o início do ano".
Em comparação com março, o IPC aumentou 0,5% em abril.
Apesar da interrupção, desde janeiro, de certas medidas de moderação dos preços dos produtos energéticos e do aumento do preço do CO2, bem como do fim, em abril, da redução do IVA de 19% para 7% para o gás e o aquecimento urbano, os preços da energia foram inferiores aos do mesmo mês de 2023.
Assim, os preços dos produtos energéticos diminuíram 1,2% em termos anuais em abril, depois de terem diminuído 2,7% em março.
A energia doméstica caiu 3,2%, especialmente a lenha, 'pellets' ou outros combustíveis sólidos - 7,9% - e a eletricidade - 7,8% - mas também o gás natural - 5,4%.
Em contrapartida, alguns outros produtos energéticos ficaram mais caros do que há um ano, nomeadamente o aquecimento urbano - em 27,4% - e também os produtos petrolíferos - em 2,3% - dos quais o óleo de aquecimento leve aumentou 6,2% e os combustíveis para motores 2,0%.
Os preços dos produtos alimentares aumentaram 0,5% em termos homólogos, pelo que a descida - de 0,7% - de março não se manteve.
Entre abril de 2023 e abril de 2024, o açúcar, a compota, o mel e outros doces - mais 8,3% - e as gorduras e óleos - mais 7,4% - incluindo o azeite - mais 52,9% - foram os que mais aumentaram.
Os consumidores tiveram também de pagar mais pela fruta - 4,4% -, pela carne e produtos à base de carne - 2,2% - e pelo pão e produtos à base de cereais - 2,1%.
Em contrapartida, os produtos hortícolas - 8,8% - e os laticínios - 5,4% - registaram uma descida acentuada.
A inflação subjacente situou-se em 3,0% em abril e, embora tenha registado uma ligeira moderação em relação aos 3,4% registados em janeiro e fevereiro, respetivamente, e aos 3,3% registados em março, continua a ser superior à inflação global desde o início do ano.
Entretanto, excluindo o impacto da energia, a taxa de inflação em abril foi de 2,6%.
Os preços dos bens no seu conjunto aumentaram 1,2% em termos anuais em abril, abaixo da média, com um aumento de 1,1% para os bens de consumo e de 1,4% para os bens de consumo duradouros, enquanto os preços dos serviços aumentaram 3,4%.
O IPC harmonizado da Alemanha, que é calculado de acordo com os critérios da UE, aumentou 2,4% em abril em termos homólogos e 0,6% em relação ao mês anterior.
MC // MSF
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