"Eles viajavam num autocarro de passageiros que saía de Tete com destino a Maputo", disse Rosângela Vilanculo, porta-voz da direção de migração em Inhambane.

Os 39 malauianos, dos quais 22 homens, 15 mulheres e dois bebés, foram interpelados no posto de controlo policial de Lindela, no distrito de Jangamo, naquela província, avançou a porta-voz.

O grupo, que terá entrado ilegalmente no país através da província de Tete, no centro de Moçambique, vai ser reencaminhado pelas autoridades de regresso ao Maláui.

A empresa transportadora deverá responsabilizar-se "pelas despesas de transporte, alimentação e alojamento até ao destino final", referiu Vilanculo.

Segundo as autoridades, o motorista do autocarro não sabia que se tratava de pessoas em situação ilegal, principalmente porque falavam uma língua parecida com a que é falada localmente na província de Tete, de onde partiram.

As autoridades aconselham as transportadoras para que "no ato de embarque de passageiros solicitem sempre [a presença] das autoridades migratórias de modo a que se afira da legalidade dos cidadãos para prevenir casos do género", apelou Rosângela Vilanculo.

No dia 16 deste mês, as autoridades moçambicanas detiveram 15 cidadãos etíopes, por imigração ilegal, na província de Tete.

Na mesma província, em março, a polícia moçambicana encontrou 64 pessoas mortas num contentor, transportados num camião.

Segundo as autoridades, as mortes terão acontecido por asfixia e as vítimas eram imigrantes ilegais, de diferentes países (incluindo a Etiópia), que atravessaram a fronteira do Maláui para Moçambique.

Moçambique tem 56 postos de travessia fronteiriça, dos quais 24 foram encerrados na sequência do estado de emergência em vigor desde 01 de abril devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O país regista um total de 1.720 casos positivos de covid-19, 11 óbitos e 602 recuperados, indicam as autoridades de saúde.

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