André Fernandes, que falava no habitual encontro com os jornalistas, na sede da Autoridade nacional, em Carnaxide, Oeiras, serviu-se do exemplo da progressão das chamas em Castelo Branco para ilustrar a necessidade da população continuar a "não baixar a quarda".

"Não podemos baixar a guarda. A situação continua gravosa, do ponto de vista meteorológico, e um exemplo para todos nós percebermos o quão grave é a situação, o incêndio que está neste momento a decorrer em Castelo Branco teve uma progressão inicial de 2,5 quilómetros por hora. Significa que durante um curto espaço de tempo, o incêndio, mais ou menos, em três horas, três horas e meia, perfez um total de sete quilómetros", destacou.

"Portanto, é esta a realidade com que nós deparamos no terreno. O incêndio de Castelo Branco teve uma velocidade de propagação inicial de 2,5 quilómetros por hora. Por isso apelo a todos que temos de nos manter atentos e garantir que adequamos os nossos comportamentos e esta situação de risco que se mantém", acrescentou.

André Fernandes reconheceu a "melhoria substancial" do ponto de vista das condições meteorológicas.

"Temos mais humidade durante a noite, na faixa litoral. E temos também aquilo que é um abaixamento da temperatura, também na faixa litoral. Mas a questão da progressão dos incêndios não tem a ver com a emissão de declarações ou não declarações de alerta, contingência ou estado de alerta. São as condições existentes no terreno", frisou.

Nesse sentido, o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil salientou a necessidade de diminuir o número de ignições.

"Independentemente da situação meteorológica estar um pouco melhor, se houver ignições, elas têm capacidade, devido à seca que estamos a viver, de se propagarem e darem origem a grandes incêndios", afirmou.

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